O que fazer na Jordânia: Petra uma das 7 maravilhas do mundo

Vai viajar para a Jordânia? Já sabe o que fazer lá? Vem conferir como foi a nossa viagem para a Jordânia conhecendo Petra, uma das 7 maravilhas do mundo.

Chegamos em Aqaba na Jordânia em um voo de Atenas na Grécia, a imigração foi bem tranquila, primeiro você vai no guichê de visto e eles carimbam o teu passaporte, você não paga o visto na entrada, é apenas na saída, depois você vai para o outro guichê de controle de passaporte, mostra teu passaporte, fala que é do Brasil e tudo vira festa, o guarda já começa falar de futebol e você entra na boa, com a gente foi assim. 

Depois da imigração as malas passam pela máquina e só, não olham, nem revistam nada, apenas mandam seguir. Saindo do aeroporto fomos pegar o carro que tínhamos alugado, alugamos o carro pela Rent Cars e recomendo muito, pagamos o carro ainda aqui no Brasil e em reais, fugindo assim do IOF. Lembrem-se que se foram alugar carro, aluguem por esse link, que ganhamos uma pequena comissão e você não paga nada a mais por isso, obrigada!

Pegamos o carro e fomos para o centro procurar algo para comer, era sexta-feira e sexta para os muçulmanos é como o nosso domingo, então boa parte das coisas estavam fechadas. Paramos em um restaurante e pedimos dois lanches com sucos, que o combo estava na promoção. Comida bem razoável, mas matou a fome. 

Eu não gostei dos olhares para mim em Aqaba, alguns homens são nojentos, chamam, olham e assobiam, mesmo o Fernando estando de mãos dadas comigo, eles vinham na minha direção. Mesmo eu estando com lenço no pescoço e cabeça, calça larga, jaqueta e com cara de poucos amigos de quem não dormia bem a dias, isso que tava calor e eu mesmo assim fiquei de jaqueta e lenço.

Achei as pessoas bem invasivas, até as mulheres te olham de cima em baixo com cara feia. Não gostamos da cidade também, então optamos por dirigir para Wadi Musa a noite mesmo e chegar lá cedinho para fazer Petra no horário que abrisse. 

Porém o que esquecemos, é que estávamos sem dormir direito a dias, acordamos às 4h para pegar um voo de Londres para Atenas que durou quase 4 horas, ficamos mais 3 horas esperando no aeroporto de Atenas e depois pegamos mais um voo de 3h de duração para Jordânia. O dia inteiro em aeroportos e comendo mal, além do cansaço. 

Pegamos a estrada era 11 horas da noite, e o caminho é tranquilo para dirigir de dia, porém a noite tinham muita neblina, muita mesmo, não dava para enxergar um palmo na frente do nariz, tínhamos que dirigir a 20 por hora e com o pisca alerta ligado. 

Tem muito policiamento na estrada, o que é bom, parávamos cada pouco, apenas para os guardinhas conversar e serem simpáticos com a gente e mandarem seguir, nos sentimos muito seguros na Jordânia, e achamos todos os policiais muito simpáticos e prontos para ajudar. 

Chegamos em Wadi Musa passado da uma hora da manhã, tínhamos reserva de hotel apenas para o dia seguinte, então optamos por ir para o estacionamento do hotel e dormir algumas horas no carro mesmo e quando amanhecesse a gente ia tentar fazer check in mais tarde.

Chegando lá não tinha estacionamento, mas tinha um terreno baldio na frente. Foi lá mesmo, o cansaço estava demais. Dormimos um pouco, até eu acordar tremendo de frio, como faz frio a noite no deserto, tivemos que deixar o carro ligado com o ar condicionado no quente. A noite foi longa e mal dormida, quando era 8 da manhã tentamos fazer check in, mas sem sucesso, e não era o horário o problema.

O dono não achava a nossa reserva, detalhe que já tínhamos pago a meses pelo Submarino Viagens, e simplesmente não estava lá, e o pior é que o hotel estava lotado, ou seja, estávamos sem hospedagem. E é por isso que eu nunca mais faço reserva em site de hotel nenhum que não seja o booking, o único que eu confio. 

Olhei no site do booking os mais baratos e com vagas em cima da hora, achamos um e fomos no endereço, chegando lá expliquei a situação para o dono, e ele fez pela metade do preço o quarto para a gente, e o melhor é que era privativo e suite, melhor do que o quarto compartilhado que íamos ficar e ainda nos fez um chá de boas-vindas. Um senhor muito simpático e sempre pronto para ajudar, fomos muito bem tratados na nossa estadia lá. 

Ficamos hospedados no Mussa Spring Hotel em Wadi Musa que é o vilarejo mais próximo de Petra, sério é muito perto, você consegue ir até a pé se preferir. Gostamos bastante desse hotel, ele é bem simples, como tudo em Wadi Musa, mas o tratamento que tivemos foi o melhor e os funcionários sempre prontos para te ajudar, além do preço dele ser bem econômico por um quarto privativo. No hotel também tem um restaurante que serve comida local, o que é um bônus também. Clique aqui para conhecer o hotel e fazer a sua reserva. 

Estávamos muito cansados de dormir no carro na noite passada, então fomos descansar e dormir um pouco, mas quem disse que dormi? O Fer até conseguiu dormir um pouco, mas eu não preguei o olho, depois que estava segura em um quarto de hotel, quentinha e confortável, não consegui dormir, vai entender. Então fiquei trabalhando, coloquei umas coisas do blog em dia e quando a fome bateu, fomos tomar um banho e sair em busca de comida. 

Em Wadi Musa a única coisa que tem para fazer é Petra e a gente não queria fazer Petra em horário ruim, o único horário que eu aceitava para conhecer Petra é o primeiro horário da manhã, quando ainda estará relativamente vazia.

Então íamos usar o restante da tarde para dar um volta em Wadi Rum, que é uma vila gracinha e com as melhores pessoas que encontramos na viagem, sério, se você quer ter uma experiência completa na Jordânia, se hospede em Wadi Musa e veja como as pessoas são respeitosas e simpáticas por essa parte da Jordânia, muito diferente de Aqaba.

Se você está dirigindo eu sugiro que coloque o Waze ou Google Maps, é bem fácil se perder nas ruas de Wadi Musa, não porque é grande, mas porque fica entre montanhas e suas ruas são estreitas e com muitas curvas, além de parecer todas iguais. 

Depois de passear, abri o Google Maps e procurei por restaurantes, encontrei um que tinha uma nota incrível e servia comida típica, ok, já tínhamos um ganhador, fomos até o restaurante.

O restaurante tem aparência bem simples, mas não se engane, será a melhor comida que você vai comer na Jordânia e a um preço bem amigável também, além do atendimento de primeira, é claro.

O nome do restaurante é Sajiat Aljanoob Restaurant, sério anota esse nome e vai comer lá se pretende ir para a Jordânia, o restaurante deve estar no seu roteiro. O atendente faz você se sentir em casa e a comida é maravilhosa, pedimos um prato que é um mix de várias coisas que queríamos provar e estava uma delícia. Depois pedimos um sanduíche de kebab que foi o melhor que já comi na vida, sério, tava muito saboroso. 

Depois de satisfeitos com a comida, eles vieram com um chá por conta da casa, que estava maravilhoso com hortelã, o restaurante não aceitar cartão, como eu disse, é bem simples, e o atendente falou que poderíamos pagar amanhã, olha o tamanho da confiança que eles têm nas pessoas, falamos que não, tinha um ATM caixa eletrônico ali perto e fomos sacar dinars para pagar e voltamos lá pagar, mas achamos incrível ele ter oferecido a opção de ir lá pagar no outro dia.

Saímos de lá já era noite e voltamos para o hotel para dormir cedo, pois o alarme do celular tocaria as 5 da manhã para irmos a Petra, o cansado tomou conta e dormi como uma pedra.

No outro dia acordamos pontualmente as 5, nos arrumamos, comemos uns biscoitos e fomos rumo a uma das 7 maravilhas do mundo, chegamos lá tinha estacionamento gratuito, o estacionamento é pequeno então dependendo do horário que você chegar por estar cheio. 

O parque ainda estava fechado quando chegamos e já haviam algumas pessoas na fila que chegaram antes da gente, chegamos faltava 10 minutos para as 6 da manhã. Pontualmente as 6 horas a bilheteria foi aberta, você consegue pagar a entrada no cartão de crédito ou em dinheiro.

Custa 50 dinars por pessoa a entrada, uns 300 reais, sim é caro, mas acredite vai ser o melhor investimento que você fará para suas experiências de vida. Pagamos com uma dor no coração e entramos no parque, já haviam muitas pessoas por perto e eu pensei, será que acordar as 5 da manhã não vai valer a pena?

Mas Deus ajuda quem cedo madruga, certo? Apertamos o passo e fomos em direção ao Tesouro, uma das maiores construções de Petra e a mais famosa delas. Fica a uns 2km e pouco da entrada e chegar até lá é bem fácil, o terreno até lá é reto e sem obstáculos. A trilha é fácil de enxergar e você não vai se perder, fizemos Petra inteira sem guia e foi bem tranquilo.

Ao chegar lá, esfreguei os olhos para ver se realmente estava vendo aquilo, é indescritível, sério, faltam palavras para descrever aquele lugar, e te deixa pensando como fizeram isso, naquele tempo, como foi possível fazer algo tão grandioso assim.

São mais de 40 metros de altura e foi construído a mais de 2 mil anos pelo povo nabateus, é bem conhecido por ter sido cenário de filmes como Indiana Jones e Transformers. Essa construção ganhou esse nome de Tesouro porque segundo a lenta um faraó teria escondido um tesouro lá dentro, mas esse tesouro nunca foi encontrado.

Por ser o ponto turístico de Petra, quase sempre está cheio, a não ser que você faça como a gente e chegue lá antes de abrir o parque, ande rápido até lá e chegue antes das pessoas que entraram com você, o que foi o nosso caso. 

Eu ainda não acreditei que peguei aquele lugar vazio, tiramos milhares de foto e todos os ângulos possíveis, depois fizemos a pequena trilha que leva ao mirante para ver o tesouro de cima, é a melhor vista e lá você terá as melhores fotos do seu passeio por Petra, pode acreditar.

Tem até umas plaquinhas escrito que eles cobram pela vista, mas pelo horário que fomos não tinha ninguém lá e foi de graça, pode ser que mais tarde fique alguém cobrando pela vista, mas é baratinho, coisa de 1 dinar. 

Só pelo tesouro já teria valido o valor da entrada, mas tem muito mais para ver em Petra, então continuamos na trilha, pois queríamos chegar até a última construção e a de mais difícil acesso também. 

Petra inteira é impressionante e a história por traz também, Petra era uma cidade e uma cidade muito rica, a história de Petra começou a mais de 3000 anos atrás, mas em 312 a.c que ela foi colonizado pelo povo nebateus, eles implementaram construções em arenito e no meio dos cânions e rochas rosadas eles construíram suas casas, templos, teatros e templos e você consegue ver e sentir isso tudo em Petra, consegue mergulhar na história desse povo em cada detalhe de Petra.

Petra foi o lugar mais incrível em que estivemos nesse primeiro mês da volta ao mundo, mesmo passando um pouco de frio, sim, faz frio em novembro. Eu queria fotos de vestido em Petra, então coloquei uma segunda pele e outra calça por baixo do vestido, além de uma blusa e uma jaqueta por cima, cachecol também foi muito útil.

Recomendo que você compre pelo menos um lenço, independente da época do ano que for, vai te ajudar muito no deserto, para te manter protegido do sol, vento e muita poeira. No verão da Jordânia, entre junho e Agosto, Petra chega facilmente aos 40 graus, já no inverno que é de dezembro a fevereiro, Petra chega a graus negativos com bastante frequência.

Se você quer fugir dessas temperaturas extremas, procure pelos meses intermediários, a melhor época para visitar Petra é entre os meses de abril e maio e setembro e outubro.

Andamos muito e nos perdemos algumas vezes, mas nos encontramos facilmente na trilha novamente até chegar ao Monastério, na minha opinião a construção mais grandiosa de Petra, e muitos turistas não vão até lá, por ser a mais longe. O parque de Petra tem mais de 5mil km e pra você andar por tudo isso em um dia não é fácil, mas também não é impossível.

No dia que visitamos Petra andamos por 16 km e foram mais de 23 mil passos no dia, temos um aplicativo no celular que mostra pra gente esses dados, ficamos muito surpreendidos, agora coloca isso em andar por muitos degraus, terreno difícil, no deserto, depois de acordar as 5 sem dormir direito por dias e com apenas alguns biscoitos no estômago, fiquei orgulhosa de mim.

Uma recomendação que te faço é: leve muita água, se mantenha hidratado e se esforce, sério, não contrate os burrinhos! Pra quem tem preguiça ou não consegue andar por Petra, eles oferecerem burros para levar as pessoas e esse animais tem que ficar subindo e descendo escadarias de pedras o dia inteiro, eles ficam no sol, sem água e sem comida, apenas esperando para levar as pessoas até o monastério.

Se você se esforçar e chegar até lá com o fruto do seu próprio esforço, acredite: a sensação é muito melhor, é incrível! Quando você chega e vê aquela construção gigante na tua frente, eu me emocionei e é tão bom quando um lugar supera todas as tuas expectativas, não é?

Na frente do monastério, escondida e ainda não descoberta pela massa de turistas tem um caverna, se você tirar uma foto de dentro da caverna, fica o monastério no fundo e cria uma moldura impressionante para as suas fotos, então fica a dica! Minhas fotos mais lindas, foram dessa caverna que descobri por acaso. 

Sentamos próximo ao monastério e fizemos um piquenique, com algumas coisas que trouxemos, mas se preferir tem um restaurante na frente do monastério e em vários pontos de Petra você consegue comprar água pelo caminho, então não se preocupe caso a sua acabar. 

Depois de satisfeitos, voamos o drone por Petra e os vídeos ficaram incríveis, então era hora de voltar, pois tínhamos que fazer o check out do hotel e já era quase 11 horas da manhã, a volta foi bem mais fácil, é só descer o que você subiu.

Ao chegar no Tesouro tomei um susto, parecia outro cenário, um mar de gente, muitas carroças, charretes, carrinhos de golf, camelos e vendedores ambulantes, nem parecia o mesmo lugar! Agradeci muito por ter acordado cedo e ter visto esse lugar antes dos turistas em massa chegarem, a paisagem mudou completamente e perdeu um pouco aquela magia que vi logo cedo.

Passamos rapidamente por ali e fomos em direção a saída, ainda faltavam mais 2 km até a entrada do parque e fizemos esse percurso rápido.

Ao chegar no carro, as pernas pediram arrego, tirei a bota e foi uma ótima sensação de dever cumprido, fomos para o hotel fazer check out já era meio dia e o check in era as 11, mas não nos foi cobrado nada a mais por isso. Nos despedimos do simpático senhor e fomos rumo a Aqaba, mas não sem antes ir ao restaurante que amamos para comer mais kebab, afinal tínhamos que almoçar, no restaurante tivemos o mesmo tratamento e ganhamos aquele chá maravilhoso na saída e então pegamos a estrada para Aqaba.

Em Aqaba era pra gente fazer o deserto de Wadi Rum, mas infelizmente o corpo não aguentava e a grana estava curta, mas se você tiver mais dias na Jordânia eu sugiro que você faça.

Fomos em um mercado em Aqaba, encontramos um carrefour, os preços das comidas não eram tão caros na Jordânia, mas lembre-se que a moeda deles vale mais que dólar e libra, então convertendo pra gente tudo fica caro, compramos pão, presunto, azeitonas, iogurtes e biscoitos, tínhamos que jantar antes de ir pegar o voo de volta e também queríamos levar algo pra beliscar no voo. 

Paramos em uma praça onde tinha mesas e cadeiras espalhadas e as pessoas faziam seus lanches ali, sentamos e fizemos nossos sanduíches, comemos e vimos o sol se pôr.

Era hora de ir para o aeroporto, devolver o carro e ir rumo ao próximo país da volta ao mundo. No aeroporto não nos foi cobrado o visto, ficamos muito surpresos, pelo que eu tinha lido, se você ficar mais que 3 noites na Jordânia eles não cobram o visto, que custa 50 dinars, ou seja 300 reais, um grana enorme para os mochileiros aqui, mas nós não ficamos 3 noites na Jordânia, ficamos 2 noites apenas e não nos foi cobrado o visto, claro que não saímos perguntando por lá, ficamos quietinhos até nosso voo chegar e só depois que entramos no avião é que comemoramos a economia que tivemos com esse visto!

O voo foi tranquilo, mas como estávamos bem cansados de Petra, parece que durou uma eternidade para então chegar no próximo destino: a Bulgária. Mas esse já é assunto para o próximo artigo.

Confira no vídeo como foi nossa viagem a Jordânia:

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