Desde criança ouvi falar da África, mas não de uma forma boa. Pelo contrário, quando eu não comia toda a comida do prato na escola ou em casa, eu escutava frases do tipo “Não vai comer tudo? Não sabe que as crianças na África passam fome?” então eu imediatamente terminava de comer toda a comida do prato, pois não queria ser a responsável pela fome das crianças na África. Foi com essa ideia da África que eu cresci, a África era um continente pobre onde as pessoas estavam morrendo de fome e só.
Quando comecei a entender melhor e com a ajuda da internet. Pesquisei sobre esse continente, eu não queria acreditar que era só isso. Fiquei deslumbrada com o que vi, como a África era maravilhosa! Se eu vi que realmente as crianças passavam fome? Claro que sim, assim como em qualquer lugar tem crianças passando fome, inclusive no país em que vivemos, mas o que eu descobri foi muito além disso, essa realidade era a única coisa que eu sabia da África e foi o que acreditei por muito tempo.
Hoje eu quero contar para vocês um pouquinho desse meu sonho de criança de conhecer esse lugar incrível e contar como foi a minha viagem para lá, também quero mostrar como eu estou grata por ter ido atrás e descoberto que a vida vai muito além do que as pessoas nos contam ou ensinam e o mundo está aí para ser vivido!
A África do Sul foi o meu primeiro país na África e tenho plena certeza que será o primeiro de muitos, pois quero conhecer cada pedacinho desse continente incrível. Confira como era o nosso roteiro inicial por esse país incrível:
Roteiro: Mochilão África do Sul 2018 – Roadtrip
- Dia 1: O que fazer na África do Sul: Londrina -> São Paulo -> Joanesburgo
- Dia 2: O que fazer na África do Sul: Joanesburgo – Arts on Main. Pata Pata Restaurant e festa de ano novo do hostel no rooftop.
- Dia 3: O que fazer na África do Sul: Joanesburgo: Museu do Apartheid, Visita ao Soweto, Nelson Mandela Square, Berço da Humanidade – Cradle of Humankind, Montecasino.
- Dia 4: O que fazer na África do Sul: Joanesburgo: Dirigir até o Paul Kruger Gate – Rest Camp Skukuza no Kruger National Park. Safári Guiado Sunset.
- Dia 5: O que fazer na África do Sul: Safári por conta própria. Ver o amanhecer no Lake Panic Hide
- Dia 6: O que fazer na África do Sul: Dirigir até Joanesburgo e voo para Durban.
- Dia 7: O que fazer na África do Sul: Durban – Temple of Understanding (Hare Krishna Temple). Atirar-se no maior swing do mundo, dentro do Moses Mabhida Stadium. Praia.
- Dia 8: O que fazer na África do Sul: Port Elizabeth. Praia. Shark Rock Pier. Kings Beach.
- Dia 9: O que fazer na África do Sul: Jeffreys Bay – Praia Dolphin Beach/Supertubes. Fazer compras: outlets e lojas de fábrica: Billabong, Quicksilver, Element, Rip Curl entre outras.
- Dia 10: O que fazer na África do Sul: Stormsriver. Maior Bungee Jump de uma ponte do planeta. Tsitsikamma National Park.
- Dia 11: O que fazer na África do Sul: Mossel Bay com parada em Plettenberg Bay (Lookout Rocks) e Knysna (The Heads – east head view point). Sandboard na Dragon Dune. Santos Beach. Cape St Blaize Cave.
- Dia 12: O que fazer na África do Sul: Dirigir até Cape Town com parada em Cape Agulhas.
- Dia 13: O que fazer na África do Sul: Dirigir pela Garden Route – Camps Bay. Chapman’s Peak. Boulders Beach. Cape of Good Hope.
- Dia 14: O que fazer na África do Sul: Table Mountain. Waterfront.
- Dia 15: O que fazer na África do Sul: LionHead. Kirstenbosch. Long Street.
- Dia 16: O que fazer na África do Sul: Ilha Robben e voo para Brasil.
- Dia 17: O que fazer na África do Sul: Voo SP > Londrina.
Me acompanha nessa aventura e saiba o que fazer na África do Sul! No final do artigo vou deixar todos os valores que gastamos nessa viagem e também os sites para comprar os passeios e tours online. Vamos lá!
Dia 1: O que fazer na África do Sul: Londrina > São Paulo > Joanesburgo
Saímos às 7 horas da manhã de Londrina no Paraná de ônibus em direção a São Paulo, almoçamos na estrada e como a viagem é longa, assistimos vários episódios do Grey’s Anatomy no celular para passar o tempo. Chegamos na rodoviária de São Paulo e pegamos um Uber para o aeroporto, não teríamos tempo para esperar o busão. Lanchinho rápido no aeroporto e fomos para o embarque.
Nosso voo saiu às 19:45 e logo foi servido o jantar, só comi e dormi feito um bebê, ainda cansada da viagem de ônibus, acordei na conexão em Luanda na Angola, onde aproveitamos para escovar os dentes e passar aquele lencinho umedecido maroto, já que banho não iria ter no dia, praticamente todas as mulheres do avião tiveram a mesma ideia, fila no banheiro com lencinhos na mão. Já aviso para sempre levarem esses lencinhos na bagagem de mão para quando encontrarem banheiros em aeroportos como o de Luanda, precário e sem papel higiênico, assim estarão preparadas.
Voamos de TAAG aproveitando uma promoção de passagens para a África do Sul, com ida para Joanesburgo e volta por Cidade do Cabo (Cape Town). Pagamos R$ 1600,00 cada um pela passagem, isso viajando para ano novo. Não temos reclamações sobre a cia aérea, é simples, mas atende a todos os requisitos.
A conexão em Luanda era de 2:30 de duração e foi tranquila, passageiros em transito não precisam de visto, único problema era que só tinha uma pessoa para atender a todos os passageiros de conexão, ele que olhava no monitor enquanto as malas de mão passavam e ele que revistava quando apitava em vermelho as pessoas, deu até dó do coitado, mas mesmo assim foi relativamente rápido e logo estávamos embarcando para Joanesburgo.
Durante o voo de Luanda a Joanesburgo, almoçamos, assistimos filmes e tentamos nos manter ocupados e acordados para nos acostumar com o novo fuso horário de 4 horas de diferença do Brasil. Chegamos em Joanesburgo as 13:45 e agora sim a aventura começa.
Dia 2: O que fazer na África do Sul: Joanesburgo – Réveillon
No aeroporto comprei um chip de internet para o celular, trocamos um pouquinho de dólares por rends (moeda da África do Sul) para emergências, pois pretendíamos trocar mais em uma casa de câmbio, a cotação do aeroporto era horrível, como é sempre em qualquer aeroporto, depois fomos procurar a companhia que alugamos o carro, fizemos tudo online ainda do Brasil, inclusive o pagamento, então foi só chegar, retirar e pronto, estávamos motorizados e dirigindo pela primeira vez na mão inglesa e com câmbio manual. Era cômico ver o Fernando ligar o limpador toda vez que queria dar seta! Mas fiquem tranquilos que chegamos vivos ao hostel, ele pegou o jeito rapidinho.
Se você também quer essa praticidade de alugar um carro ainda no Brasil e chegar lá e só retirar e dirigir, clique aqui!
Em Joanesburgo ficamos hospedados no Curiocity Backpackers. Quando comecei pesquisar o que fazer na África do Sul, Joanesburgo na verdade, só entrou no roteiro porque é a porta de entrada para quem quer fazer o safári no Kruger Park e também porque é por onde chegam os voos mais baratos do Brasil, não era um lugar que eu tinha desejo de conhecer, mas já que estávamos em Joanesburgo ou Joburg, como é carinhosamente chamada por lá, e era ano novo, tínhamos que aproveitar, certo?
Chegamos no hostel já era final de tarde, só tomamos um banho e fomos jantar. Jantamos no restaurante Pata Pata, fomos a pé, fica a 2 quadras do hostel, o restaurante é bom, mas achei muito caro, R$ 108,40 para duas pessoas (sim, preço em reais e não em rends), e o pior é que um prato dava para duas pessoas comerem tranquilamente, mas eles não deixavam pedir só um prato para duas pessoas, pedimos dois pratos e veio comida para umas 8 pessoas, claro que não conseguimos comer nem metade, por sorte veio um senhorzinho e disse que estava com fome, se poderíamos dar-lhe um pouco de comida, falamos que não iriamos comer mais e se ele não se importava pediríamos para embrulhar e dar para ele, ele falou que seria a melhor comida que ele comeria em muito tempo e ficou muito grato, então fizemos isso e vimos ele sair contente de lá.
Uma coisa que vimos na África do Sul, foi a desigualdade, tem pessoas que tem muito dinheiro e pessoas que passam fome literalmente, claro que isso existe em todo lugar, mas o que eu quero dizer é que lá não existe meio termo ou classe média, ou você tem bastante ou não tem nada.
Dirigindo pela África do Sul vimos muitas e muitas favelas, em todo lugar, não é em apenas um lugar isolado, é em todo lugar, isso que passamos apenas pela rota mais turística, mas conversando com pessoas que moram lá, nos contaram que nas rotas menos turísticas é bem pior. Também ainda existe muita rixa por causa do preconceito racial, mas tem melhorado a cada dia, e como eles mesmo dizem por lá, eles têm certeza que as gerações futuras jamais vão passar por isso, vai ser apenas uma lembrança de um passado distante.
Depois de ter deixado o rim lá para pagar a conta do restaurante, fomos para o hostel dar uma dormidinha antes do ano novo.
Dessa vez colocamos 15 despertadores para não acordar só no outro dia como aconteceu na nossa viagem da Tailândia, acordamos com a insistência do despertador.
Os meninos que estavam no quarto com a gente já tinham saído, pegamos um quarto misto para 8 pessoas. Depois de nos arrumarmos, fomos para uma festinha, que ficava a meia quadra do hostel, a festa era do hostel mesmo com entrada gratuita, só que era em um rooftop com vista para a cidade toda e churrasquinho de graça.
O Fernando e eu éramos os únicos de roupa branca na festa de ano novo, acho que lá não tem esse negocio igual tem aqui que a cor da roupa atrai o que você deseja no ano. Eu também não acredito nisso não, mas no Brasil é tradição, então nos acostumamos a vestir branco no ano novo.
Na festa estavam todos com roupas coloridas, felizes dançando, a dança deles é diferente da nossa, é lindo de ver e difícil de fazer igual. Os drinks também eram diferentes, era uma mistura de tudo que existe alcoólico e algo muito doce junto, tomei dois e já estava alegre. De lá conseguimos ver os fogos e comemoramos juntos a chegada de um novo ano em nossas vidas.
Conhecemos um casal e mais 2 rapazes na festa, eles vieram conversar com a gente e foi amizade instantânea, logo eles estavam convidando a gente para ir em outra festa com eles, que iriam tentar passar a gente sem termos que pagar, a festa era próxima dali e iriamos todos a pé. E não é que deu certo? Eles falaram “façam como a gente, só nos sigam, vocês têm cara de gente fina, nem vão conferir as entradas”.
Eles já tinham entrado na festa, antes de ir para o rooftop, então tinham um carimbo no braço, colocaram a gente no meio da fila e entraram dançando, só seguimos eles dançando e entramos tranquilamente. A festa era eletrônica e foi incrível, em um lugar chamado Che Argentine Grill.
Eu me senti uma princesa nessa festa, ou melhor durante a viagem toda, mas principalmente nessa festa, recebi muitos elogios, as meninas no banheiro elogiavam meu cabelo, minha roupa, meu corpo, minha tatuagem, tudo! O povo querido demais nessa África do Sul, massagearam o meu ego sem pedir nada em troca, só um sorriso bastava.
Resultado da festa? Fomos dormir muito tarde e acordamos quase uma hora da tarde do outro dia, ok tínhamos perdido a manhã, então agora era correr para aproveitar a tarde do nosso último dia em Joanesburgo.
Dia 3: O que fazer na África do Sul: Joanesburgo: Museu do Apartheid, Visita ao Soweto, Nelson Mandela Square
Fomos conhecer a Mandela Square onde tem a famosa estatua do Nelson Mandela, aproveitamos para almoçar por lá, almoçamos no Rocomamas e que delicia de comida! A comida da África do Sul é muito parecida com a nossa, inclusive os temperos, é só um pouquinho mais apimentada, eu adorei.
Depois de nos perder no shopping da Mandela Square, sim nos perdemos literalmente dentro do shopping, gente do interior quando vai para a cidade grande dá nisso. Depois de andar muito, conseguimos sair na porta onde tínhamos deixado o carro no estacionamento.
Fomos em direção ao Museu do Apartheid, que na verdade era a única coisa que eu realmente queria fazer em Joanesburgo, mas o que a gente esqueceu? Era dia primeiro de janeiro, ou seja, feriado. E claro que o museu não abria no feriado, fiquei bem chateada e tudo que consegui foi tirar uma foto do lado de fora.
Antes de ir para a África do Sul e ao pesquisar o que fazer na África do Sul eu li em algum lugar que se sua viagem para Joanesburgo é curta, você sairá daqui satisfeito, apenas conhecendo o Museu do Apartheid. Eu vi que as consequências desse regime fazem parte do dia-a-dia dos sul-africanos, principalmente em Joanesburgo e eu queria muito conhecer o museu, pois tenho certeza que seria uma imersão na história do país, diferente do que passou na mídia sobre o Apartheid lá eu teria acesso aos detalhes desse regime que existia até bem pouco tempo atrás, mas infelizmente por ser feriado não consegui visitar o museu.
Saímos de lá tristes, mas tudo bem, a viagem estava só começando e tinha muito o que fazer na África do Sul. Mas fica a dica, quando for pesquisar o que fazer na África do Sul e ao fazer o seu roteiro, tenha cuidado para deixar o Museu do Apartheid em um dia que seja feriado.
Fomos para o Soweto que é considerado o maior bairro do mundo (com mais de 3 milhões de habitantes). Mais conhecido por ser uma favela, o Soweto é a área urbana com a maior concentração de negros em Joanesburgo e também carrega um peso histórico muito grande, é um dos principais símbolos da história da África do Sul e do Apartheid, o regime de segregação racial instituído na década de 20 e que se estendeu até 1994. Foi residência, inclusive de Nelson Mandela.
O Soweto cresceu muito na década de 50, com mais negros se mudando para lá, já que não podiam mais ficar nas áreas para brancos designadas pelo governo.
Rodamos um pouco pelo bairro e fomos conhecer a Orlando Towers, famoso ponto para saltos de bungee jump, mas é claro que estava fechado, mesmo assim a vista de fora era ótima. Na estrada para as torres encontramos algumas crianças que pediam para nós tirar fotos delas, as crianças adoram fotos e tem os sorrisos mais gostosos da vida! O Soweto com certeza merece estar na sua lista de o que fazer na África do Sul.
Era final de tarde quando lembramos que tínhamos que trocar dinheiro e comprar suprimentos para o safári do dia seguinte. Por ser feriado, praticamente tudo na cidade estava fechado, inclusive as casas de câmbio e mercados, rodamos, rodamos e não encontramos nada aberto, então voltamos para o hostel para tomar banho e ir jantar.
Lembramos de um mercadinho que vimos no dia anterior, a duas quadras do hostel e resolvemos dar uma ultima chance e tentar encontrar um mercado aberto, e não era que estava aberto? Infelizmente era mais uma conveniência, e não tinha quase nada, pensávamos em comprar comida para fazer nos dois dias de safári e cozinhar no bungalow, mas não tinha nada, então compramos biscoitos, suco e água.
Ao sair perguntei para o atendente no caixa se ele sabia de algum lugar onde poderíamos trocar dinheiro, ele disse que tinha uma pessoa e chamou um rapaz que veio falar com a gente, o rapaz disse que trocaria para a gente, a cotação era ruim, mas realmente precisávamos de dinheiro vivo, pois sairíamos ainda na madrugada para o safári e ouvimos dos locais para não viajar sem dinheiro, pois normalmente policiais faziam blitz e só deixavam passar com um suborninho.
Um exemplo era você passar por uma placa com limite de velocidade de 100 e logo depois encontrar uma de 80 e a 50 metros depois dessa placa de 80 os policiais medindo a velocidade, claro que iriamos respeitar os limites de velocidade enquanto dirigíamos para o Kruguer Park, mesmo assim resolvemos não arriscar. Trocamos 200 dólares por rends e fomos jantar.
Jantamos no Revo Revo a uma quadra do hostel, um macarrão ótimo. Depois de tomar uma cerveja na temperatura ambiente (sim, cerveja gelada não existe na África do Sul, eles dizem que é gelada, mas não é, cerveja gelada só no Brasil mesmo. Mais tarde descobrimos que o chopp era gelado, depois disso só tomamos chopp) fomos para o hostel arrumar as mochilas e descansar porque íamos dirigir para o Kruger Park antes do sol nascer.
Queríamos ter feito o Cradle of Humankind (Berço da Humanidade) em Joanesburgo, mas como o nosso tempo era limitado acabou não dando tempo, mas deixamos essa sugestão para vocês de mais uma coisa de o que fazer na África do Sul.
O Cradle of Humankind é um parque considerado Patrimônio Mundial da Unesco por abrigar milhares de fósseis de ancestrais do homem. O lugar tem cavernas, fósseis de hominídeos de milhões de anos atrás e é um passeio bem interessante para conhecer melhor a evolução do homem.
Além disso também escrevi um artigo com mais opções de o que fazer em Joanesburgo, clique aqui para ler.
Dia 04: O que fazer na África do Sul: Acampamento Skukuza – Safári no Kruger Park
Acordamos as 6 da manhã, fizemos check out, sincronizamos o gps do celular rumo ao Kruger Park, abastemos o carro e partimos rumo ao tão esperado safári na África. A estrada é bem tranquila e demoramos 5 horas para chegar, isso parando para tomar café no caminho e parando em um mercadinho para tentar comprar comida para os dois dias de safári, porem também não tinha nada, compramos frutas e um tipo de sopa.
Ao chegar no portão de entrada do parque descemos do carro e fomos na recepção, como tínhamos comprado tudo pela internet, foi rapidinho, só preenchemos uma ficha e fomos liberados para entrar.
Quando comecei a pesquisar o que fazer na África do Sul, fiquei impressionada como fazer um safári era caro, até descobrir que eu poderia fazer um safári por conta própria, sem pacotes. Não se preocupe que eu fiz um artigo inteirinho ensinando como fazer um safári por conta própria no Kruger Park e também mostrando todos os sites que eu usei, clique aqui para ler.
Para chegar no Skukuza Camp, onde ficava nosso bungalow, foi bem fácil, foi só seguir as placas pelo caminho, do portão de entrada até o acampamento demora mais 20 minutos, mas não se preocupe, você não vai ver o tempo passar, pois assim que entra no parque você já começa a ver os animais.
Assim que você entra no portão do Kruger Park, você já se sente aventureiro, começa a olhar para todos os lados para ver se avista algum animal, e logo nos primeiros metros já vimos o primeiro animal da viagem, as impalas, são quase sempre quem faz as honras da casa, tem mais de 110 mil impalas no Kruger Park.
Logo depois vimos muitos javalis, imaginem a minha emoção ao ver o Pumba pessoalmente! E ainda antes de chegar no acampamento tivemos que parar o carro e esperar uma família de elefantes que estava atravessando a rua, foi lindo demais ver o nosso primeiro Big Five.
Assim que chegamos no Skukuza Camp fizemos check-in e fomos para o nosso bungalow, era um charme, quase consegui me sentir morando na natureza selvagem, quase né, porque o ar-condicionado entregava o jogo. A nossa primeira opção era as tendas, mas quando fizemos a reserva online as tendas estavam todas lotadas, então optamos pelo bungalow, e não nos arrependemos, é um pouquinho mais caro, mas compensa pelo conformo e praticidade.
Como tínhamos tomado café da manhã tarde, estávamos sem fome, então comemos frutas, descansamos um pouco, fomos conhecer as outras áreas do acampamento. O Skukuza é um dos únicos acampamentos que tem wi-fi, mas o único lugar que pega é no restaurante, também tem posto de gasolina, caixa eletrônico, mercado, loja de souvenires e piscina.
Contratamos ainda aqui no Brasil um safári guiado que saia as 16:30, pegava o por do sol e voltava as 7:30, os carros saem do lado da recepção, deixamos nosso carro lá e fomos embarcar no carro do safári. Recomendamos que vocês peguem pelo menos um safári guiado, porque os guias já sabem onde ir para ver muitos animais e eles se comunicam entre os carros sempre que avistam algum dos Big Five.
Ao contrario do que muitos pensam os Big Five não são os maiores animais da África, se refere aos cinco mamíferos selvagens de grande porte mais difíceis de serem caçados pelo homem. São eles: leão, elefante, búfalo-africano, leopardo e rinoceronte.
Choveu um pouquinho a tarde, mas durante o passeio do safári não, o tempo estava nublado e começou a esfriar. Mas logo todos esqueceram o frio, assim que começou a aparecer os primeiros animais. As primeiras foram as zebras, era chuva de câmeras para tirar fotos a cada parada do carro, depois as girafas, macacos, e quando vimos muitos carros parados na rua, tínhamos certeza que era um Big Five, e estávamos certos, todos estavam olhando o Leopardo, que dormia na copa de uma arvore distante.
Rolou uma inveja da menina que estava do nosso lado com uma lente de câmera que parecia uma arma de tão grande, ela conseguia capturar todos os detalhes, que a gente não enxergava só com os olhos, a minha lente não tinha o zoom tão longe, cada foto ela mostrava para a gente e ficávamos maravilhados.
Mais a frente vimos mais um Big Five, os rinocerontes, lindos e gigantes e estavam pertinho do carro. Continuamos e vimos mais zebras, mais girafas, muitos elefantes, hienas, impalas, antílope, eram muitos animais!
Assim que escureceu o guia teve auxilio de lanternas no carro que refletiam nos olhos dos animais, estávamos atrás dos leões. Infelizmente não conseguimos ver nem os leões e nem os búfalos para fechar os 5 Big Five, mas calma que ainda tinha o dia seguinte inteiro para tentarmos ver esses e muitos outros animais.
Era hora de voltar para o acampamento, assim que chegamos vimos que nosso carro estava trancado no estacionamento, não tinha como tira-lo, pois, tinha carros dos lados e atrás. E adivinha? Não carros não eram das pessoas que foram fazer o safári com a gente, eram de funcionários do parque e que só voltariam ali no outro dia pela manhã. Ou seja: estávamos a pé até o dia seguinte!
Imaginem o meu desespero, tudo bem que não deveria ter leões dentro do acampamento (pelo menos eu espero), mas e os outros animais? As cercas não eram tão altas, macacos podiam pular tranquilamente, e durante o dia os portões do acampamento ficavam abertos, ou seja, qualquer animal poderia ter entrado.
Eu comecei a imaginar mil jeitos de morrer devorada, mas não tinha outra alternativa, teríamos que ir para o nosso bungalow a pé e a noite. Apenas com a lanterna do celular acesa, começamos a andar e eu tentei pensar em 50 assuntos diferentes para não pensar nos barulhos sinistros de animais que eu ouvia, andando o mais rápido possível conseguimos chegar sãs e salvos no nosso quarto.
O Skukuza é enorme, demoramos uns 10 minutos andando para chegar no quarto, e não eu não iria até o restaurante ou mercado que ficava no lado oposto, nem que tivesse que dormir com fome.
Por sorte tínhamos uma sopa de macarrão que compramos antes de ir, então fizemos aquilo mesmo, porém como não almoçamos direito eu continuei com fome, comi fruta, biscoitos e tudo que trouxemos. Depois que estávamos alimentados e que passou o susto, um banho e uma ótima noite de descanso era só o que faltava no dia.
Caso você não pretenda ir para o Kruger Park, sugiro que peno menos faça algum dos safáris próximo a Cidade do Cabo, clique aqui para conferir.
Dia 5: O que fazer na África do Sul: Safári por conta própria no Kruger Park
O Fernando foi pegar o carro e fomos tomar café no restaurante do acampamento, uma delícia de café da manhã, tem várias opções de escolha. Depois disso era hora de começar a aventura, de fazer o safári com o nosso próprio carro e sozinhos!
Ainda dentro do acampamento vimos 2 javalis, dentro do acampamento! Lembrar que eu estava andando a pé no escuro pelo acampamento no dia anterior me deu um frio na espinha. Também vimos várias placas para ter cuidado com os babuínos que ficavam pelo Skukuza.
Logo que saímos do acampamento tivemos que esperar uma tartaruga atravessar a rua, e logo em seguida um macaco. Começamos o dia bem! Mais a frente vimos 2 carros de safári e fomos lá conferir, era um Big Five! Uma manada de búfalos, lindos e majestosos! O mais perigoso dos Big Five. Demos a volta para tentar vê-los mais próximos e conseguimos, ficaram pertinho do carro e tiramos milhares de fotos deles.
Continuamos e vimos elefantes, e mais elefantes e muitos outros elefantes. Elefantes foram os animais que mais vimos, e toda a vez eles nos encantavam. Já tivemos uma experiência com os elefantes na nossa viagem para a Tailândia, mas os elefantes da África eram diferentes, eram muito mais selvagens e na minha opinião eram mais bonitos também.
Também vimos muitas impalas e antílopes, vimos rinocerontes, hipopótamos, zebras, girafas e muitos outros animais, até que a fome bateu e voltamos para almoçar. Almoçamos no restaurante do acampamento com uma vista magnifica para uma manada de elefantes que tomava água enquanto os filhotes brincavam no rio, foi incrível!
Depois de almoçar, passar no mercado do Skukuza comprar coisas para fazer um churrasquinho a noite e de descansar um pouquinho, fomos para o nosso safári por conta própria novamente. Queríamos encontrar um bom lugar para ver o pôr-do-sol e tentar ver um leão, que estava se escondendo da gente, era o último que faltava dos Big Five. Vimos muitos animais novamente e encontramos um lugar ótimo para o pôr-do-sol, deu até para sair do carro rapidinho e tirar fotos!
Confira o vídeo do meu safári no Kruger National Park:
Na volta encontramos muitos elefantes atravessando a rua, deu até um medinho quando um começou a bater as orelhas e fazer uns barulhos estranhos, quando ele quis vir na direção do carro, aceleramos para o lado contrario e deu tudo certo. Pouco a frente um manada de búfalos atravessava a rua, ficamos aguardando e olhando eles de longe, enquanto eles encaravam o carro, depois que passou o último seguimos em direção ao nosso acampamento.
Quando chegamos o Fernando foi fazer o nosso churrasquinho, comemos bastante, tomamos banho, baixamos as milhares fotos do dia, arrumamos as malas e fomos descansar, que o dia seguinte seria cheio.
Dia 6: O que fazer na África do Sul: Durban
Tomamos café da manhã, entregamos a chave do bungalow na recepção do Skukuza Camp e pegamos a estrada para Joanesburgo. Fomos direto para o aeroporto, onde tínhamos que estregar o carro alugado e pegar um voo para Durban, fizemos um lanche quando chegamos no aeroporto, fomos fazer o check-in e embarcamos para Durban.
Durban entrou no roteiro porque quando eu estava pesquisando o que fazer na África do Sul eu li que era lá que ficava o maior swing do mundo.
Chegamos em Durban já era noite, pegamos um Uber e fomos para o hotel, ficamos no Grange Gardens Hotel. Estávamos cansados então pedimos uma pizza no hotel mesmo, que estava deliciosa por sinal e dormimos cedo, pois o dia seguinte seria de adrenalina!
Dia 7: O que fazer na África do Sul: Durban: Moses Mabhida Stadium: Atirar-se no maior swing do mundo e praia
Tomamos o café da manhã do hotel, simples, mas com bastante variedades e fomos desbravar Durban. Pegamos um Uber e tentamos achar uma casa de câmbio e uma lavanderia, sem sucesso, o motorista do Uber bem mal-educado, deixou a gente em um lugar totalmente diferente da onde a gente queria ir, lugar muito feio e perigoso.
Andamos um pouco e todo mundo olhava para a gente como se fossemos alienígenas, achamos uma lavanderia de um indiano, mas eles só lavavam roupa de festa, o dono falou que não tinha outra lavanderia ou casa de câmbio ali perto e que era um lugar perigoso para a gente andar sozinhos, resolvemos chamar outro Uber e ir embora dali.
Fomos para o hotel deixar as roupas e fomos a pé para o estádio onde saltaríamos do maior swing do mundo, o Moses Mabhida é o estádio da copa de 2010 e também é a casa do maior swing do mundo e com 106 metros de altura e com uma vista linda da cidade.
Chegamos no estádio e fomos para o escritório da Big Rush, agência que compramos o salto online aqui do Brasil. Lá eles explicam como funciona e mostram como devemos saltar e também nos vestem com os equipamentos.
Depois disso seguimos a instrutora e vamos em volta do estádio até encontrar a escadaria no arco do estádio, são mais de 300 degraus que você tem que subir preso no corrimão por uma corda, ele pede para os mais rápidos irem primeiro e os mais lentos atrás, achamos que o nosso físico estava bom então fomos quase os primeiros, doce ilusão, foi bem cansativo e desafiador, mas a vista lá de cima compensa.
Pensei que subindo primeiro poderíamos saltar antes, doce ilusão novamente, começaram os saltos dos últimos a subir, então fomos os últimos a saltar, e o sol do meio dia na cabeça e nos braços começou a pesar, mesmo com protetor fiquei com marca de blusinha. Então fica a dica, suba por último para saltar por primeiro.
A fila era grande, mas finalmente chegou a nossa hora, eu fui antes com a GoPro filmando na mão, você tem que descer por uma escadinha filha da mãe, que com certeza foi mais assustador que o próprio salto, com todo aquele vento te levando pra lá e pra cá, você tem que andar por uma plataforma estreita até a metade do estádio onde eles te prendem no balanço.
Nessa hora eu já estava com o coração da mão, eles perguntaram como eu estava, confessei que estava com medo, perguntaram se eu estava pronta e eu falei que não, achando que eles iam esperar até eu estar pronta (se é que ficaria pronta algum dia), mas não, só ouvi um “Triii, two, one” e me jogaram estádio a baixo.
São 80 metros de queda livre e você sente que já era, tchau mãe, adeus vida. Até que sente um puxão na corda e você voa, senti que ia fazer gol com o corpo ali do alto, até que lembrei de olhar a paisagem e finalmente curtir.
Foi tudo muito rápido, mas a sensação de estar flutuando no estádio é demais! Foi uma coisa inédita para mim, nunca tinha feito nada do tipo e foi um ótimo treino para o bungee jump que estava por vir.
Confira abaixo o vídeo dessa aventura no maior swing do mundo:
Eu teria curtido mais se não tivesse ficado 2 horas e meia embaixo do sol escaldante esperando a minha vez para saltar e então sentir 10 segundos de emoção apenas, mas somando acho que valeu a pena. Anota aí o maior swing do mundo na sua lista de o que fazer na África do Sul.
Depois que o Fernando saltou, descemos as escadas e voltamos para o hotel, onde almoçamos e vimos que realmente precisávamos tomar um sol para tirar a marca de camiseta do corpo dele e blusinha do meu. Então nos arrumamos e fomos para a praia, ficava a 3 quadras do hotel e fomos a pé.
Confesso para vocês que não gostei de Durban, achei a cidade suja, bagunçada e não me senti segura em momento algum, mesmo nos lugares próximos a praia, até a praia era suja. Mas também fiquei pouco tempo na cidade, talvez se tivesse ficado mais mudasse de opinião. Se você colocar Durban na sua lista de o que fazer na África do Sul, não espere muito da cidade.
O sol resolveu desaparecer, provavelmente porque usou todo o seu poder enquanto a gente estava no topo do estádio e cansou. Ficamos um pouco na praia e resolvemos voltar para o hotel para tentar comprar nossas passagens de ônibus para Port Elizabeth para o dia seguinte, sem sucesso, estavam esgotadas, e agora José? O ônibus era noturno então a gente ia economizar com hospedagem e chegaria cedinho em Port Elizabeth onde o nosso carro alugado nos esperava.
Começamos então olhar voos e hotéis, pois os voos eram curtos e teríamos que posar ou em Durban mais uma noite ou posar uma noite em Port Elizabeth, como eu não gostei de Durban, e Port Elizabeth não fazia parte do nosso roteiro inicial, seria apenas a porta de entrada para a nossa roadtrip, o plano inicial era pegar um ônibus noturno de Durban para Port Elizabeth (onde alugamos o carro) e de lá a gente seguiria direto para Jeffreys Bay. Port Elizabeth não estou na nossa lista de o que fazer na África do Sul, porque não tinha muita coisa para fazer na cidade.
Resolvemos pegar um voo que sairia as 6 da manha do dia seguinte e assim ganharíamos um dia em Port Elizabeth, por sorte o voo não estava muito caro e achamos um hotel super em conta pelo Booking. Então era hora de arrumar as malas porque o voo saia cedinho, pedimos outra pizza e dormimos como dois anjinhos.
Fiz um artigo inteirinho com mais opções de o que fazer em Durban, clique aqui para ler.
Dia 8: O que fazer na África do Sul: Port Elizabeth
Acordamos cedinho e fomos fazer check-out, como o café da manhã ainda não estava servido ganhamos 2 cafés para viagem, com sanduíche, granola com iogurte, uma maça e suco. Achei muito legal da parte do hotel fazer isso. Chamamos um Uber e fomos para o aeroporto, comemos nosso café da manhã e fomos fazer check-in. O voo foi rápido e tranquilo e olhando pela janela antes de pousar já vi que ia gostar de Port Elizabeth de cara, dunas gigantes e água azulzinha.
Estava certa, eu adorei! Port Elizabeth é a quinta maior cidade da África do Sul, é conhecida por ser o ponto de partida para quem inicia a Garden Route por aqui, ou o ponto de chegada para quem vem de Cape Town, no sentido contrário. Port Elizabeth com certeza precisa entrar na sua lista de o que fazer na África do Sul!
Na saída do aeroporto chamamos um Uber e fomos em direção ao nosso hotel, e pasmem: o hotel não existia! Sim, reservamos o hotel pelo booking e chegando lá não tinha hotel nenhum naquela rua e aquele numero era de uma casa, por sorte não tínhamos pago nada para reservar.
Não consegui ligar para o hotel, então mandei um e-mail e claro que eles não responderam na hora. O motorista do Uber foi um anjo nessa hora, perguntei se ele conhecia algum hotel próximo da praia, mas em conta.
Estaríamos a pé até o dia seguinte, quando pegaríamos o carro alugado, e como só tínhamos um dia queríamos aproveitar a praia. Ele disse que conhecia um hotel bom e próximo e que nos levaria lá, nos levou lá e ainda ficou esperando lá fora enquanto eu ia ver se tinha vaga e ver os valores, disse que se estivesse lotado nos levaria em outro, sem cobrar a mais por isso.
Por sorte o hotel não estava lotado e o preço não era muito diferente daquele que tínhamos reservado. Agrademos ao motorista pela ajuda e ficamos gratos que ainda existem pessoas gentis no mundo. Como chegamos cedo o nosso quarto ainda não estava limpo, mas ela conseguiu adiantar o check in para o meio dia ao invés das 14h.
O hotel era o Sun1 e foi um achado, ficava a uma quadra da praia e do lado de vários restaurantes, mercado, shopping e barzinhos, conseguíamos fazer tudo a pé, a localização era bem melhor do que aquele que reservamos e não existia, ou parece que existia, mas não naquele endereço, quando recebi o e-mail deles, eles passaram um endereço completamente diferente daquele que estava no booking, bem longe de tudo e eu tinha escolhido justamente pela localização, eu nem respondi, pois conseguimos um bem melhor.
Deixamos as malas guardadas no hotel, já que nosso quarto ainda não estava disponível e fomos desbravar Port Elizabeth, que praia linda, água azul e areia branquinha, as ruas limpas, sem lixo no chão, foi um choque estar ali depois de Durban que era uma bagunça, Port Elizabeth era organizada, as pessoas eram gentis e sorridentes, nas praças tinham parques para as crianças, com brinquedos e piscinas.
Era quase meio dia quando fomos almoçar, do lado do hotel tinha um Rocomomas, o mesmo que comemos em Joanesburgo e adoramos, esse de Port Elizabeth conseguiu ser ainda melhor, que delicia de comida! Comemos um nachos e costelinhas de porco e voltamos estufados para o hotel, nosso quarto estava pronto e era uma graça, pequeno, mas projetado para ser confortável e estiloso.
Agora sim, banho tomado e roupa de praia, era hora de tirar essa marca de sol que Durban deixou e curtir a praia linda de Port Elizabeth. Fomos no mercadinho e compramos água e salgadinhos e fomos para a praia, final de tarde fomos para um barzinho beira mar e tomamos alguns chopps e comemos uma porção de batata frita, voltamos para o hotel já era noite, só tomamos banho e fomos jantar, como era bom ter tudo próximo ao hotel, atravessamos a rua e comemos no Pizza Hut e fomos para o hotel arrumas as malas e dormir.
Dia 09: O que fazer na África do Sul: Joffreys Bay
Combinamos de retirar o carro as 7 da manhã, então acordamos cedo fizemos check out, chamamos um Uber e fomos para o aeroporto onde retiraríamos o carro. Também reservamos e pagamos tudo aqui pelo Brasil, então foi só chegar e retirar e rapidamente já estávamos motorizados. Fomos para a Kings Beach em Port Elizabeth para tomar café no Something Good, um restaurante beira mar com uma vista linda, comemos muito!
Se você também quer essa praticidade de alugar o carro ainda no Brasil e só chegar na viagem e dirigir, clique aqui.
Depois era hora de pegar a estrada e seguir para a próxima cidade da nossa viagem: Jeffreys Bay ou J-Bay como é chamada por lá. Jeffreys Bay fica a 40 minutos de carro de Port Elizabeth, ficamos no hostel African Ubuntu Backpackers e foi amor à primeira vista, que hostel mais fofo! Pegamos um quarto privativo e ainda não estava pronto para fazer o check in, então deixamos as malas e fomos atrás de uma lavanderia e desbravar a cidade.
Em Jeffreys Bay tive a mesma sensação que tive em Port Elizabeth, mas ainda mais intensa, aquela sensação de porque não fico mais alguns dias aqui? Se não tivesse comprado já os passeios dos outros dias, com certeza eu ficaria! Jeffreys Bay é aquele lugar que eu moraria fácil, no nosso roteiro inicial de o que fazer na África do Sul nós ficaríamos mais um dia em Jeffreys Bay, mas resolvemos dormir uma noite em Stormrivier e acabou valendo muito a pena!
Jeffreys Bay é o paraíso dos surfistas e a cidade é o palco de uma das etapas do Mundial de Surfe, que tem sido marcada por aparições de tubarões. O surf é tão forte na cidade, que J-Bay abriga diversas lojas de roupas que vendem o estilo. Na rua principal, funciona como um pequeno centro comercial e é o céu para quem curte o estilo e deseja ir às compras. São outlets e lojas de fábrica como a Billabong, Quicksilver, Element, Rip Curl entre outras. Os preços são realmente muito bons e a qualidade das roupas também.
Encontramos uma lavandeira bem pertinho do hostel, deixamos as roupas para lavar e fomos ver as praias Dolphin Beach e Supertubes, (que por sinal vale a pena estarem na sua lista de o que fazer na África do Sul, são lindas!) paramos em um View Point e conseguimos ver os golfinhos brincando no mar!
Depois fomos nas lojas de fábrica, praticamente todas as lojas e outlets estavam com 50% de desconto, as lojas são enormes e eram uma perdição. Conseguimos nos controlar, o Fernando comprou uma bermuda e eu comprei um chapéu apenas.
Voltamos para o hostel as 14h e o nosso quarto estava pronto e tinha uma vista linda para o mar, estávamos sem fome ainda porque comemos muitos no café da manhã, então resolvemos ir aproveitar o resto do dia e curtir a praia.
Ficamos na praia um pouco e logo bateu aquela vontade de tomar uma gelada, mas diferente do Brasil, na África do Sul não passam milhares de vendedores oferecendo cerveja gelada, pois é proibido beber bebida alcoólica na rua. Ou seja, se você quer beber cerveja e está na praia, você tem que ir para algum barzinho beira mar. E foi isso que fizemos, o bar tinha uma vista incrível da praia e ficamos ali tomando chopp e jogando conversa fora.
Quando a fome bateu, fomos no mercado e compramos hambúrgueres, pão e tomate para fazer no hostel e também água e suco para a viagem de amanhã. Fomos para o hostel para preparar nossa janta, comemos, ficamos na parte de cima do hostel na internet um pouco, no quarto não pegava wi-fi e depois fomos arrumar as malas e descansar para viajar no outro dia.
Dia 10: O que fazer na África do Sul: Stormriver: Saltar do maior bungee jump de uma ponte do planeta e Tsitsikamma National Park
Acordamos cedo, fizemos check out e saímos sem café da manhã porque ainda não estava servido. Saímos em direção a Stormriver que era a nossa próxima cidade da viagem, tomamos café da manhã no caminho. Esse para mim, depois do safári, era o dia mais esperado da viagem, um dia de adrenalina e de coração saltando pela boca, era o dia do maior bungee jump de uma ponte do planeta!
Já saímos prontos para saltar do hostel de Jeffreys Bay, porque a ponte do salto fica antes de Stormriver a cidade que íamos nos hospedar, então fomos direto para a base da Face Adrenalin na Bloukrans Bridge onde compramos o salto, quanto mais a gente se aproximava mais frio na barriga me dava, e por falar em barriga, até dor de barriga me deu de nervosismo, sorte que tinha banheiro por lá, senão eu estaria lascada.
Se eu falasse para a minha mãe que me jogaria de uma ponte de 216 metros de altura presa por uma corda elástica nos pés, ela me mataria! E não é que eu iria fazer isso mesmo? Ainda não tinha caído a ficha direito, chegamos adiantados, reservamos pela internet e nosso horário de salto era as 11 da manhã, mas ainda faltava 15 minutos para as 10, preenchemos um formulário nos responsabilizando por nossas vidas e livrando a empresa de qualquer processo caso algo ocorra errado. Essa pratica é comum em todas as atividades de risco realizadas no continente africano.
Depois de preencher os documentos e pagar, fomos para onde as pessoas estavam colocando os equipamentos, e já nos deram os nossos também, ou seja, entramos infiltrados no horário das 10 da manhã, acho que a turma não estava completa ou alguém desistiu, pois ninguém ficou sem equipamento. Equipamento colocado e quando olho para o lado leio a seguinte frase na parede “FEAR is temporary REGRET is permanent” que significa “Medo é temporário, arrependimento é permanente” e pronto, era a motivação que faltava!
Fizemos uma pequena trilha até a ponte e entramos por baixo dela, por um caminho todo de vidro, um corredor estreito onde você conseguia ver o precipício lá em baixo e a paisagem linda, dava para ter uma noção completa da altitude e da loucura que seria. Já na ponte, paramos em fila para receber as instruções.
Na base a empolgação dos funcionários e a música alta e animada nos contagiou, a equipe toda dançando, sorrindo e nos recebendo de braços abertos, junto com aquele visual de tirar o folego, pronto, comecei a dançar também e o nervosismo foi dando lugar a excitação!
O Fernando foi o quarto a pular, eu seria a sexta. O salto dele foi incrível eu gravei tudo para podermos assistir juntos depois, assim que ele voltou para a plataforma ele só faltava “Foi incrível, você vai adorar”. Chegou a minha vez, colocaram o restante dos equipamentos, já com as pernas presas, eu esperava no banquinho, quando dois funcionários me pegaram pelos braços, e me apoiando neles fui pulando para a plataforma, a sensação não foi muito boa quando senti que estava com as pernas amarradas, e se eu quisesse correr e fugir? Hahaha
Não tinha mais escapatória, eu estava na ponta da plataforma, eu só falava “Ai meu Deus, ai meu Deus” e ouvi o “Three, two, one, GO” e mergulhei de cabeça naquela imensidão, por um momento o grito ficou preso na garganta, depois lembrei de respirar e a adrenalina passou pelo meu corpo todo. O nervosismo deu lugar a alegria e o grito veio forte como a explosão de sentimentos dentro de mim. A corda me puxou uma 3 vezes enquanto eu ria e caia novamente, não era aquele puxão desconfortável, você mal sentia.
Curti demais aquele momento enquanto admirava as belezas indescritíveis daquele lugar, tirei várias fotos lá de cabeça para baixo. E aí eu pensei “Meu Deus, como que eu volto daqui? Estou presa pelos pés e de cabeça para baixo” não deu nem tempo de assimilar essa frase quando vejo um rapaz descendo até mim e me ajudou a ficar mais confortável e quase sentada enquanto nos puxavam para cima. Ainda amarrada, fiquei deitada na plataforma até que eles tiravam os equipamentos e então levantei e agradeci o instrutor e a todos pela experiência incrível, abracei o Fernando que me agradecia por ter feito esse roteiro radical para a gente.
Eu estava em êxtase, era gritante a diferença no rosto de quem já tinha pulado e de quem aguardava para pular. Eu gravei tudo pela GoPro que foi presa na minha mão, então vi e revi os vídeos diversas vezes só para sentir de novo um pouquinho da sensação que eu tive ao saltar, até escrevendo esse artigo sinto uma injeção de adrenalina por corpo todo, se você está na duvida se deve ou não saltar, eu recomendo fortemente que o faça, é algo que não se arrependerá! Coloque o bungee jump na sua lista de o que fazer na África do Sul!
Segue o vídeo do meu salto no maior bungee jump de uma ponte do mundo:
Voltamos para o estacionamento onde deixamos o carro completamente felizes e dirigimos para o nosso hostel. Ficamos no Tube ‘n Axe Backpackers Lodge em Stormsriver Village e eu adorei, o hostel é uma graça, onde tinha de tudo, desde lojinha, restaurante, até farmácia dentro do hostel. Fomos almoçar no Marylin´s 60 Dinner que eu recomendo também, uma delicia de comida.
Stormriver Village é uma vila bem pequenininha movida a aventura, ficamos aqui por ser próxima ao salto de bungee jump e também por ser praticamente do lado do parque Tsitsikamma National Park.
O Tsitsikamma National Park fica na Garden Route próximo a Stormriver, depois de J-bay e antes de Plettenberg Bay e não é à toa que é conhecido como o jardim Garden Route. Este belo parque rodeado por floresta está de frente para Oceano Índico, criando paisagens de tirar o fôlego para todos os lados. Quem curte aventuras e trilhas e também fotografia de paisagens vai pirar neste lugar, pode acreditar!
Uma das atrações mais famosas da região é uma ponte suspensa de 1969, a Storms River Bridge que fica dentro do parque. E era para lá que iriamos.
Depois de almoçar e descansar um pouquinho, dirigimos para o parque. Jogamos o nome do parque no gps do google e partimos, doce ilusão que iriamos chegar no portão de entrada do parque, o gps nos mandou para o meio do mato, literalmente.
Nos perdemos por umas ruas sinistras de chão, acredito que dentro de uma fazenda ou plantação de pino, nem sei como fomos parar lá. Voltamos pelo caminho até chegar no asfalto novamente, desligamos o gps e fomos seguindo as placas, assim chegamos sãs e salvos no portão de entrada do parque. O parque está com o portão de entrada e mais uma parte em reformas, mas nada que prejudicasse o turismo por lá.
Tudo ali era de tirar o folego, as paisagens eram incríveis demais para ser de verdade, foi um choque quando vimos aquilo! Eu amo montanha e amo mar, e ali eu tinha os dois se encontrando, era lindo!
Estacionamos o carro e fomos fazer a trilha para a ponte suspensa. A trilha foi rápida e fácil, e a paisagem parecia uma pintura, andamos pela ponte e tiramos diversas fotos. Gostaríamos de ter feito a trilha para uma cachoeira, onde a cachoeira encontra o mar, já imaginou que coisa mais linda? Mas a trilha era mais longa, cerca de 2 para chegar e depois mais duas horas para voltar e já era final de tarde.
Como nos perdemos com o gps, até voltar para a rota certa, acabamos perdendo tempo, mas ainda quero voltar no parque e acampar lá, vi diversos lugares lindos para camping para acordar e dar de cara com aquele mar lindo rodeado de montanhas e aí sim, fazer todas as trilhas do parque. Com certeza esse parque merece estar na sua lista de o que fazer na África do Sul.
Confira abaixo o vídeo que fiz dentro do Tsitsikamma National Park:
Aproveitamos ao máximo que conseguimos a beleza daquele lugar e já estava anoitecendo quando voltamos para o hostel. Banho, descanso e uma ótima janta no restaurante do hostel, depois ficamos curtindo um pouquinho da noite fria com cerveja e conversando com as pessoas do hostel, fizeram uma fogueira enorme no meio e todos se sentaram a volta dela. Sono batendo, era hora de arrumar a mala e dormir para pegar a estrada cedinho no outro dia.
Dia 11: O que fazer na África do Sul: Garden Route – Mossel Bay – Sandboard na Dragon Dune
Fizemos check out, o café da manhã não era incluso então resolvemos comer na rua mesmo. Partimos em direção a Mossel Bay pela Garden Route. A Garden Route é uma rota natural deslumbrante pela costa sudeste da África do Sul.
Um percurso de pouco mais de 200 quilômetros pela N2 – de Storms River até Mossel Bay – repleto de belas paisagens de rio, mar, montanha, praias e cachoeiras. Isso sem contar com estradas bem sinalizadas e bem conservadas, lugar perfeito para quem gosta de dirigir.
Depois de comer fizemos uma parada rápida por Plettenberg Bay para ver a cidade e também paramos em Knysna para ver a famosa The Heads, fomos ver pela east head view point que dava para ir de carro, estacionamos e fomos ver aquela paisagem linda, era realmente incrível! Tiramos várias fotos e voltamos para a estrada, pois ainda faltava um pouco até Mossel Bay.
Chegamos era quase meio dia e fomos direto para o hostel, ficamos no Santos Express Hostel que ficava dentro de um trem antigo! O hostel é muito legal e a vista do nosso quarto privativo dava para a Santos Beach, uma praia linda. Como chegamos cedo o quarto ainda não estava pronto, então fomos almoçar na Carola Ann’s, comemos um hambúrguer artesanal ótimo.
Mossel Bay é linda, quatro das 23 praias blue flag da região de Western Cape estão aqui, praias com o certificado internacional blue flag são referência em segurança, limpeza, estrutura, e padrões de meio ambiente e poderíamos ver uma delas da janela do nosso quarto.
A tarde estava reservada para Sandboard! Entrei em contato ainda aqui do Brasil para fazer a Dragon Dune, a duna de areia mais alta e mais longa da África do Sul. O problema era que eles só faziam pela manhã, mas eu sabia que não chegaríamos a tempo, conversando com eles por e-mail consegui reservar para a tarde, e o melhor de tudo é que não era uma turma de 50 pessoas como eles faziam pela manhã, mas apenas o Fernando e eu e mais 2 pessoas. E o preço ficou o mesmo, ele não nos cobrou a mais por isso.
Marcamos para as 14h nos encontrar em um vilarejo próximo a Mossel Bay, a Dragon Dune fica em uma propriedade privada. Só almoçamos e fomos ao ponto de encontro, demorou cerca de 25 minutos até chegarmos ao endereço que o instrutor nos passou e ele nos esperava lá.
Como não daria tempo de ir para o hotel fazer check in, fomos direto do restaurante e tive que trocar de roupa no carro, pois o calor estava de matar. Compramos 2 litros de água antes de ir, e lá passamos protetor solar dos pés à cabeça, o dia estava quente e o sol radiante.
Assim que o outro casal chegou, fomos para a propriedade onde fica a Dragon Dune, seguimos o carro do instrutor e rapidamente estávamos lá, deixamos o carro estacionado e seguimos caminho em cima de uma espécie de Toyota antiga 4×4 de pé segurando para não cair enquanto o instrutor dirigia.
Chegando lá ele deu uma prancha cada um e seguimos por uma pequena trilha a pé até chegar na duna bebê, a duna para iniciantes onde aprenderíamos a descer, ele nos explicou o que fazer e lá fomos nós descer a duna.
Era a minha primeira vez fazendo sandboard e adivinhem o que aconteceu? Claro que cai e quase comi areia, fiquei com areia até dentro da orelha, como estávamos apenas em 4, era só subir e já descer novamente, e fiz isso várias vezes e cai em todas, eu descia bem, mas quando chegava no final perdia o equilíbrio e caia, era muito cansativo subir a duna novamente, mas a descida compensava.
O instrutor falou que chegava de treino, que agora era hora de ir para a duna de verdade, então fomos para a Dragon Dune, realmente era a duna dragão! Gigante e majestosa com uma vista linda para o mar, que paisagem deslumbrante!
Na Dragon Dune descer com a prancha no pé era só para profissionais, nós só poderíamos descer com outra prancha, essa no peito. Eu estava com muito medo, pois tinha uma curva enorme e eu tinha medo de não conseguir fazer a curva e parar sabe-se lá onde. A velocidade que pega é surreal e a sensação de adrenalina é maravilhosa.
Foi incrível! Quando chega na curva foi só colocar um pé no chão e virei automaticamente, os dois pés no chão servia para desacelerar, deu tudo certo! Quando cheguei lá em baixo e olhei para cima, bateu um desanimo, era alto demais e eu teria que subir tudo aquilo com a prancha nas costas para descer novamente.
Chegando lá em cima, fomos o Fernando e eu na mesma prancha, fui em cima do Fernando enquanto ele controlava a prancha, foi muito legal! Sentir a adrenalina juntos foi sensacional.
Depois do lado da Dragon Dune tinha outra duna, enorme também, mas não tão grande quanto a Dragon Dune, nessa duna poderíamos ir de pé na prancha. Confesso que quase não fui, eu só tinha caído quando fui de pé na duna pequena, todas às vezes, acho que exatamente por isso que resolvi ir, não queria ir para casa sem ter conseguido pelo menos uma vez.
Era muito alta e longa, parada lá em cima da prancha tive que respirar algumas vezes para tomar coragem de descer, tentei não pensar e fui. Quando estava quase no final eu cai de bunda no chão, alguma coisa eu estava fazendo errado, mas eu não iria desistir assim tão fácil. O problema era só subir toda aquela montanha de areia com a prancha nas costas, era bem cansativo, principalmente com aquele sol vibrante, dei ideia para eles de comprar um buggy para pegar a gente lá em baixo, quem sabe quando vocês forem já terá, não é mesmo?
Desci novamente, dessa vez tentei abaixar mais o corpo, dobrar um pouco mais os joelhos, e não é que deu certo? Foi lindo! Desci sentindo o vento no rosto e parei lá em baixo no momento certo, ao chegar lá em baixo soltei um grito e quando olhei para cima estavam gritando e batendo palmas, eu tinha conseguido!
Tivemos muita sorte de ter poucas pessoas no passeio, assim conseguimos subir e descer diversas vezes, eu consegui praticar até realmente aprender, se tivesse que esperar 40-50 pessoas descerem e subirem eu teria andado no máximo 2 vezes durante a tarde toda. Com certeza Dragon Dune merece estar na sua lista de o que fazer na África do Sul.
Era final de tarde já quando tivemos que ir embora, valeu muito a pena. Voltamos para o ponto de chegada, guardamos as pranchas e voltamos para o carro, o instrutor nos levou até o nosso carro, onde nos despedimos e voltamos para Mossel Bay.
No hostel depois de um banho bem demorado para tirar toda a areia do corpo, fomos para a Santos Beach, que ficava na frente do hostel, para ver essa praia linda, como o sol estava quase se ponto, já estava vazia e tiramos algumas fotos lindas. Fomos para o hostel que tem um barzinho beira mar, ficamos tomando chopp, jantamos e ficamos jogando conversa fora até o sono e o cansaço bater.
Dia 12: O que fazer na África do Sul: Cape Agulhas e Cidade do Cabo
Acordamos, arrumamos as malas e fomos tomar café da manhã no hostel. Depois de um café reforçado, fizemos check in e voltamos para a Garden Route, era hora de ir pegar a estrada e ir para Cidade do Cabo, ou Cape town, mas antes iriamos passar por Cape Agulhas onde iriamos almoçar.
Chegando em próximo a Cape Agulhas ficamos impressionados, a praia era linda demais, areia branquinha e mar turquesa. Cape Agulhas é onde oficialmente acontece o encontro dos oceanos Índico e Atlântico, apesar de não existir uma divisão entre os oceanos, em termos de geografia existe. E aqui é o verdadeiro ponto de divisão entre o Índico e o Atlântico. É o marco da ponta mais ao Sul do continente africano. Aqui houveram mais de 250 naufrágios e recebeu este nome pois as agulhas das bússolas se desorientam em alguns pontos desta região.
Fica dentro do Parque Nacional de Agulhas, a entrada é gratuita, e pode ser acessado de carro ou por uma passarela com pouco mais de 1km de extensão, que começa no Farol de Cabo Agulhas e vai, em algumas partes, margeando o mar, é um caminho muito bonito.
Chegando lá, fomos para o monumento que marca a divisão dos oceanos, o vento estava bem forte, tiramos algumas fotos, apreciamos a beleza daquele lugar e fomos almoçar. Próximo dali, há alguns bares e restaurantes, almoçamos no L’Agulhas Seafood e estava uma delícia, o peixe estava fresquinho! Depois de alimentados, era hora de voltar para a estrada, pois ainda faltava bastante para chegar na Cidade do Cabo.
Cape Agulhas fica no caminho da estrada para Cape Town e com certeza merece estar na sua lista de o que fazer na África do Sul, o lugar é lindo demais!
Chegamos na Cidade do Cabo era quase final de tarde, fizemos check in no hostel e descansamos um pouquinho no nosso quarto privativo. Ficamos no The Backpack Hostel que tinha uma vista incrível para a Table Mountain. Depois de descansados fomos conhecer a Waterfront, tem animação, música, uma roda gigante enorme e um shopping gigantesco.
Jantamos no restaurante Vovo Telo e confesso que foi uma das melhores refeições da viagem inteira, o preço foi salgado, mas valeu a pena! Estava tudo maravilhoso e tomamos um vinho para acompanhar. Depois de tomar uma garrafa de vinho voltamos alegres para o hostel. Só no hostel de Cidade do Cabo que conseguimos ter internet no quarto, em todos os outros era só no lobby, aproveitamos para fazer back up das fotos na nuvem e falar com a família. Depois dormimos para nos preparar para o dia seguinte.
Dia 13: O que fazer na África do Sul: Cidade do Cabo: Camps Bay – Chapman’s Peak – Boulders Beach – Cabo da Boa Esperança
Acordamos cedo e fomos pegar a estrada, fomos conferir se a Camps Bay era tudo aquilo que falavam mesmo, era mais! Praia linda, areia branquinha e mar turquesa, Camps Bay foi escolhida para tirar a marca de blusinha que Durban deixou, mas só a tarde, pela manhã ainda tínhamos estrada para pegar.
Fomos por Chapman’s Peak, são 114 curvas e 9km de um visual de tirar o fôlego. Existem alguns pontos de parada ao longo da estrada, o principal deles é o Chapman’s Peak, de onde se pode apreciar uma vista bem ampla do mar.
Se você pretende passar por lá é bom consultar se o acesso está liberado, pois a estrada é fechada com frequência para manutenção. Também tem um pedágio para entrar por essa rota, mas vale a pena, a vista é incrível.
Saindo de lá fomos para Boulders Beach para ver os pinguins, são mais de 2 mil pinguins africanos que vivem lá, e a experiência é encantadora! Em Boulders Beach você consegue observar eles do deck, não é permitido descer na praia, então anote essa dica: próximo dali fica a Foxy Beach, é uma curta caminhada e você pode ter a oportunidade até de entrar na água com eles, mas cuidado não chegue muito perto a ponto de encostar ou pegar, pinguins são animais selvagens.
Saindo de lá fomos para o Cabo da Boa Esperança (Cape Of Good Hope), que é uma das principais atrações da Cidade do Cabo. Além da importância histórica, é um lugar que merece a visita por causa da sua beleza indescritível. É um dos lugares com ar mais puro no planeta, tudo por causa de uma corrente de ar que vem da Antártida. Fica dentro do Table Mountain National Park, a mais ou menos 1h30 do centro de Cape Town.
Que lugar mais lindo! O parque é enorme e tem trilhas, praias, e lugares para piquenique. Depois de tirar a fotos clássica na placa, fomos admirar as belezas desse lugar e encontramos uma praia deserta, linda de morrer! Eu já fui tirando a roupa, estava de maiô por baixo, e corri para o mar, quando encostei o pé na água, voltei de ré. Que água mais gelada! Não dava para encarar não, com certeza o mar mais gelado que pisei na África do Sul. Mas foi uma das paisagens mais lindas que eu já vi na vida, merece estar na sua lista de o que fazer na África do Sul.
Resolvemos voltar, voltamos pela Champman’s Peak novamente, que estrada mais linda, valia a pena repetir. Chegamos no hostel com muita fome, era quase 2 da tarde, então nos arrumamos para aproveitar a praia a tarde e fomos para Camps Bay, onde almoçamos em um restaurante beira bar chamado The Butcher, achei muito caro e a comida não foi lá grandes coisas, depois ficamos na praia a tarde toda, curtindo aquele sol e aquela praia linda.
Consegui tirar uns 80% da marca de blusinha, só mais um sol já resolveria o problema. Fomos no Checkers, mercado que tem em todo lugar da África do Sul, compramos comida para cozinhar no hostel. Já no hostel tomamos um banho gostoso, descansamos, cozinhamos, comemos e fomos dormir.
Dia 14: O que fazer na África do Sul: Cidade do Cabo: Kirstenbosch – Table Mountain
Depois de um café da manhã caprichado no hostel, fomos aproveitar a manhã e conhecer o Kirstenbosch, considerado um dos maiores jardins botânicos do mundo. Fundado em 1913, está localizado a aproximadamente 15 km do centro da cidade, na encosta leste da Table Mountain.
O lugar é enorme e bonito também, são milhares de espécies de plantas e árvores e também é um ótimo lugar para tirar lindas fotos. Ficamos a manhã toda curtindo a calmaria desse lugar e então voltamos para o hostel. Se você estiver na Cidade do Cabo, Kirstenbosch merece estar na sua lista de o que fazer na África do Sul.
Para conhecer o Kirstenbosch caso não tenha alugado um carro, sugiro o passeio que explora toda a cidade e para lá, o ônibus turístico Hop On Hop Off, clique aqui para comprar.
O plano era fazer almoço no hostel, mas não daria tempo, nosso bondinho em Table Mountain partia as 13h, então fomos direto para o parque.
A Table Mountain (ou Montanha da Mesa, em português) é o ponto turístico que você não pode perder ao viajar para a Cidade do Cabo. Muita gente compara a cidade sul-africana ao Rio de Janeiro, então nesse caso, a Table Mountain seria o Pão de Açúcar, só que bem maior.
A Table Mountain tem pouco mais de 1.000m de altura e cerca de 3km extensão. Ela foi considerada uma das sete novas maravilhas do mundo e pode ser vista de diversas áreas da cidade.
Já deixo aqui a primeira dica, ao chegar na entrada vimos uma fila enorme de pessoas, que não tinham comprado ingresso online e teriam que comprar na hora, como a gente já tinha comprado online só entramos, sem ter que esperar nem um minuto na fila.
Entramos no bondinho e começou a subir, o bondinho gira você dentro dele, ou seja, você tem uma visão em 360 daquele paraíso. Assim que chegamos lá em cima da Table Mountain, fomos direto para o restaurante para almoçar, estava lotado, mas conseguimos uma mesa em um cantinho, almoçar com aquela vista foi maravilhoso.
Agora sim, alimentados e com as energias recarregadas era hora de explorar aquele lugar, andamos muitos e fomos e voltamos umas 2 vezes, para ter certeza que não perdemos nada, você anda por passarelas e em algumas partes você tem acesso a algumas pedras no precipício. A vista é incrível! Nem preciso dizer, não é mesmo? Table Mountain é obrigatória, precisa estar na sua lista de o que fazer na África do Sul.
Voltamos para o restaurante para pegar um sorvete e fomos esperar o bondinho para descer, lembre de guardar o seu ticket para a viagem de volta. Descemos com o bondinho e fomos pegar nosso carro, fomos no mercado comprar comida para cozinhar a noite e depois fomos para Camps Bay tomar um chopp beira mar e ver o pôr-do-sol. Voltamos para o hostel, cozinhamos nossa janta, comemos e fomos dormir.
Dia 15: O que fazer na África do Sul: Cidade do Cabo: Camps Bay – Vinícola Groot Constantia
Tomamos um café da manhã reforçado no hostel, o café era bem gostoso e tinha bastante opções. Hoje era dia de tirar o restante da marca da blusinha do corpo, então fomos para a praia torrar no sol, eu só tomo sol usando protetor 30, minha pele é sensível, não posso ficar sem protetor solar, então demora mais tempo para pegar cor, mas eu consegui ficar preta.
Voltamos para o hostel para almoçar era passado das 13 da tarde, cozinhamos e almoçamos, depois de descansar um pouquinho decidimos conhecer uma vinícola. Estava muito caro para contratar o passeio, fizemos por conta, não sabia direito como funcionava, então optamos por uma vinícola próxima, ficava a apenas 20 minutos do hostel, a Vinícola Groot Constantia.
Jogamos no gps e fomos, chegamos lá e para a nossa surpresa, não pagamos nada para entrar. Eu nunca tinha conhecido uma vinícola antes e adorei, lá dentro tinha dois restaurantes também e um museu. Andando um pouquinho chegamos na melhor parte, a degustação. Ali sim tínhamos que pagar para entrar e poderíamos provar os vinhos, pagamos em torno de 25 reais cada um pelo ticket e ainda ganhamos 2 taças de vidro de presente.
O ingresso dava direito a provar 5 vinhos, mas conseguimos provar todos do menu alguns mais de uma vez, uns 15 vinhos pelo menos, eles só pediram o ticket no primeiro vinho e depois não pediram mais, agora eu tinha entendido porque tinha tanta gente bêbada lá fora, deitados no gramado e dando risada. Eles eram muito generosos ao encher a taça, não era só um golinho não. Resultado? Ficamos bêbados. Os vinhos eram deliciosos! Um vinícola com certeza tem que estar na sua lista de o que fazer na África do Sul.
Terminava a degustação as 17 horas e também fecharia a recepção onde era possível comprar os vinhos, então 16:55 fomos para a recepção para comprar um vinho. Compramos um vinho para tomar no pôr-do-sol, esperamos um pouco para passar a leseira e voltamos para Cape Town. Fomos no mercado para comprar um queijinho diferente para comer com o vinho e fomos para um ponto estratégico para ver o pôr-do-sol, encontramos no dia anterior enquanto voltamos de Camps Bay, fica entra Camps Bay e o centro de Cape Town, você consegue ver Camps Bay inteira do morro e o sol ia se pôr no mar.
Caso prefira comodidade você pode comprar o passeio para uma das vinícolas próximas a Cidade do Cabo, clique aqui para comprar.
Antes de ir para lá, passamos no hostel para cortar o queijo e colocar em uma tigela e depois fomos caçar o pôr-do-sol. Chegamos um pouco adiantados, então ficamos lá sentados, comendo, brindando a vida e jogando conversa fora.
E mais gente começou a chegar, muitas pessoas chegaram e sentaram também no chão, até que o pôr-do-sol veio para nos abençoar e fazer o dia terminar de uma força muito especial.
Voltamos para o hostel, onde cozinhamos nosso jantar e comemos, depois disso fomos para o quarto para arrumar as malas e descansar para o dia seguinte.
Dia 16: O que fazer na África do Sul: Cidade do Cabo – Robben Island
Acordamos, tomamos café da manhã e fizemos o check out. Tínhamos comprado o passeio para Robben Island online e o barco saia as 9 horas da manhã do porto de Cape Town, chegamos em cima da hora e quase perdemos o barco, por sorte ao chegar próximo ao porto e pedir informação os guardinhas nos viram e nos ajudaram chegar rapidamente na entrada para embarcar.
A Ilha de Robben é um dos grandes pontos turísticos da Cidade do Cabo e, se você tiver tempo, é um bom lugar para visitar e merece estar na sua lista de o que fazer na África do Sul. A ilha foi uma prisão durante muitos anos e recebeu presos, como o famoso ídolo sul-africano Nelson Mandela. Desde 1997 é considerada um Patrimônio Mundial pela UNESCO e funciona basicamente como museu.
Para chegar na ilha fomos de barco, ao chegar na ilha, o passeio era feito de ônibus, onde percorreu a ilha inteira parando para explicações e fotos. Até chegar ao ponto principal, onde desembarcamos e iriamos a pé, conhecer a prisão e a cela onde Nelson Mandela viveu por muito tempo.
O guia que nos levou para conhecer a prisão era um ex presidiário que ficou preso ali por vários anos, foi emocionante saber da historia daquele lugar por alguém que realmente tinha vivido aquilo.
Nelson Mandela, para quem não sabe, foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul no período de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África, foi vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1993. Mandela passou 27 anos na prisão – inicialmente em Robben Island e, depois, nas prisões de Pollsmoor e Victor Verster. Depois de uma campanha internacional, ele foi libertado em 1990, quando recrudescia a guerra civil em seu país.
Foi emocionante ver a cela e ver como ele vivia enquanto estava preso na Robben Island e ver como as pessoas tinham um carinho enorme por ele.
Para comprar o passeio da Ilha de Robben, clique aqui.
Era hora de voltar, chegamos no porto era passado do meio dia, então fomos almoçar em Camps Bay (que por sinal merece estar na sua lista de o que fazer na África do Sul) e dar tchau para a África do Sul, um país que conquistou o nosso coração. Almoçamos no Ocean Basket e depois de dar mais uma volta por Camps Bay, fomos para o aeroporto onde tínhamos que devolver o carro e embarcar rumo ao Brasil.
Para mais opções de o que fazer em Cape Town eu fiz um artigo com 7 passeios imperdíveis para fazer na Cidade do Cabo, clique aqui para ler.
A viagem de volta foi tranquila, mas a saudade que a África do Sul deixou já estava grande, com certeza voltaremos!
Este artigo com o que fazer na África do Sul ainda está incompleto, mas como ficou muito grande, vou escrevendo por partes, segue a lista dos próximos títulos que ficarão prontos nos próximos dias:
- Quando ir para a África do Sul
- Que moeda levar para a África do Sul
- Como chegar na África do Sul
- Visto para a África do Sul
- Vacina para a África do Sul
- Como é passar pela imigração na África do Sul
- Onde comer na África do Sul
- Como se locomover na África do Sul
- Quantos dias ficar na África do Sul
- Curiosidades e dicas de cultura na África do Sul
- Roupas: o que levar para a África do Sul
- Segurança na África do Sul
- Seguro viagem para a África do Sul
- Passagem Aérea para a África do Sul
- Internet e Telefonia na África do Sul
- Fuso Horário na África do Sul
Quanto custa viajar para a África do Sul?
Também estou disponibilizando a minha planilha com todos os gastos da viagem, tudo mesmo, até a cervejinha. Lembrando que o valor é para duas pessoas, se quiser saber quanto gastaria sozinho divida por 2. Clique abaixo para fazer o download da planilha.
Onde se hospedar na África do Sul?
Além das recomendações que deixei durante o relato de onde me hospedei, você também pode conferir mais alguns hotéis em promoção na África do Sul, clicando aqui.
Onde comprar os passeios da África do Sul?
Além das recomendações que fiz durante o artigo, caso você já queira sair do Brasil com os passeios fechados para evitar surpresas, minha recomendação é a Get Your Guide, tudo online, rápido e pratico.
Confira alguns passeios abaixo:
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- 20 dicas para planejar uma viagem por conta própria – Guia de viagem
- Seguro Viagem: Devo ou não contratar para viajar?
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Importante: Pensando em viajar? Não esqueça do Seguro Viagem!
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Que post maravilhoso!!!
Está me ajudando demais a planejar minha viagem! Tenho uma pergunta, onde você fez a reserva do seu bangalow e Safari guiado aqui no Brasil?
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Que bom que gostou Natalia! Eu fiz a reserva aqui do Brasil no site oficial (http://www.sanparks.org/parks/kruger/)
Se precisar de ajuda é só chamar!
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Oi, flor
Vc fala que deixou sua planilha de gastos da África, mas não encontro. Pode me mostrar o link? Obrigada
(belo relato )
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Obrigada Franciele, segue o link para a planilha: https://oquefazer.blog.br/wp-content/uploads/2018/01/Planilha-de-Viagens-Africa-do-Sul.xlsx?x74240
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